DESCOBERTA HISTÓRICA EM MARTE: NASA ENCONTRA SINAIS DE VIDA ANTIGA E REACENDE TEORIA DE ORIGEM MARCIANA DA VIDA NA TERRA
Por Redação | 14 de setembro de 2025
Cratera Jezero, Marte — A NASA anunciou nesta semana uma das descobertas mais significativas da história da exploração espacial: o rover Perseverance encontrou evidências que podem representar sinais antigos de vida microbiana em Marte. O achado reacende não apenas a busca por vida fora da Terra, mas também uma das hipóteses mais provocadoras da astrobiologia: a de que a vida na Terra pode ter começado em Marte.
A amostra em questão foi extraída de uma formação geológica chamada Bright Angel, no Vale Neretva, uma antiga planície aluvial que se conecta à cratera Jezero — local onde cientistas já suspeitavam que existiu um lago há bilhões de anos. A rocha, apelidada de Cheyava Falls, contém argilas formadas em ambiente aquoso e preserva compostos orgânicos complexos, incluindo minerais como vivianita e greigite, geralmente associados a processos biológicos na Terra.
“A amostra Sapphire Canyon pode conter as bioassinaturas mais promissoras já encontradas fora da Terra,” declarou o Dr. David Shuster, geólogo da Universidade da Califórnia em Berkeley e co-investigador da missão. “Embora não possamos confirmar vida com os dados atuais, os sinais são consistentes com atividade microbiana.”
Os dados foram obtidos em 2024, mas só agora foram completamente analisados com base em estudos comparativos e modelos geoquímicos. A NASA e a ESA planejam trazer a amostra de volta à Terra na missão Mars Sample Return, prevista para o final da década.
Marte como berço da vida?
A descoberta reaquece uma ideia que há décadas intriga cientistas: a hipótese de que a vida na Terra poderia ter se originado em Marte. Conhecida como panspermia interplanetária, essa teoria sugere que microrganismos primitivos teriam se formado em Marte, um planeta que talvez tenha abrigado condições habitáveis antes da Terra, e depois transportados por meteoritos até aqui.
Vários meteoritos marcianos já foram encontrados na Terra — rochas ejetadas de Marte por impactos há bilhões de anos. Estudos indicam que alguns desses fragmentos poderiam, teoricamente, proteger formas de vida durante a viagem interplanetária.
“Se Marte teve as condições certas antes da Terra, é possível que a vida tenha começado lá e sido semeada aqui,” explicou a astrobióloga brasileira Dra. Lúcia Andrade, da USP. “Isso não tornaria a vida menos ‘terrestre’, mas revelaria uma conexão profunda entre os dois planetas.”
O que vem a seguir?
Embora empolgantes, os cientistas alertam que os sinais observados ainda não constituem uma prova definitiva de vida marciana. As estruturas e compostos encontrados também podem ter se formado por processos puramente geológicos.
A confirmação só será possível com o retorno das amostras à Terra e análises detalhadas em laboratórios especializados. A missão conjunta NASA/ESA para esse retorno está em desenvolvimento, com expectativa de lançamento em 2028.
“Se confirmarmos vida antiga em Marte — ou mesmo um conjunto convincente de bioassinaturas — estaremos diante de uma revolução científica comparável à descoberta de Copérnico”, afirmou o diretor da NASA, Bill Nelson, em entrevista.
Um universo mais vivo?
Enquanto aguarda-se por confirmações futuras, a descoberta reforça o que muitos cientistas já suspeitavam: a vida pode não ser exclusiva da Terra — e talvez nem mesmo tenha começado aqui.
“Se encontrarmos vida em Marte, mesmo que antiga e microbiana, o mais provável é que o universo esteja repleto dela,” concluiu a Dra. Lúcia Andrade.
A nova era da astrobiologia começou — e ela pode ter as cores avermelhadas de Marte.
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