O limite de Hayflick - Os telômeros e a busca da imortalidade

Um dos grandes mistérios da ciência médica não é por que as pessoas morrem de doenças cardiovasculares ou de câncer, mas por que morrem mesmo quando não há nada de errado com elas. Por que as células humanas, que se dividem e se renovam por divisão durante uns 70 anos, param de se replicar de repente ?


Nos anos 30, os geneticistas descobriram que na ponta de cada cromossomo existe uma sequência curta de DNA que ajuda a estabilizar o cromossomo. Chamados de telômeros, do grego télos (fim) e méros (parte), esses pedacinhos de DNA têm um papel semelhante ao das pontinhas protetoras dos cadarços de sapato. Sem os telômeros, os cromossomos teriam a tendência de se desfiar e se quebrar em segmentos curtos, se grudar uns nos outros ou de outra forma se tornar instáveis.

Os pesquisadores constataram que, na maioria das células, os telômeros ficam mais curtos a cada divisão sucessiva. Assim, após mais ou menos 50 divisões, os telômeros da célula se reduziam a pontinhos minúsculos, a célula parava de se dividir e, por fim, morria. Foi nos anos 60 que o Dr. Leonard Hayflick anunciou pela primeira vez que as células parecem estar limitadas a um número definido de divisões antes de morrerem; assim, esse fenômeno é hoje chamado por muitos cientistas de limite de Hayflick. Em 1975, Nature/Science Annual disse que os pesquisadores de ponta na área de envelhecimento acreditavam que “todas as criaturas vivas carregam dentro de si um mecanismo preciso de autodestruição, um relógio do envelhecimento que aos poucos diminui a vitalidade”. De fato, cresceu a esperança de que os cientistas finalmente estivessem perto de desvendar o próprio processo do envelhecimento.


A pesquisa da telomerase logo se tornou um dos campos mais procurados da biologia molecular. Os biólogos achavam que, se conseguissem usar a telomerase para compensar o encurtamento dos telômeros que ocorre quando células normais se dividem, talvez se pudesse frear o envelhecimento ou pelo menos atrasá-lo consideravelmente. O interessante é que Geron Corporation News noticiou que pesquisadores que fazem experiências com telomerase em laboratório já demonstraram que células humanas normais podem ser alteradas de forma a “ter capacidade de replicação infinita".


O caminho ainda é longo, mas existe muitos mistérios ainda a serem explorados na área da biologia molecular.............talvez um dia possamos nos tornar verdadeiros Highlanders, ou ao menos, aqueles que tiverem dinheiro para pagar tal tratamentos !!!!!!!

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