Asteróide 2011 CQ1 passa raspando da superficie de nosso planeta em fevereiro de 2011



Na primeira sexta-feira, dia 04 desse mes, um pequeno asteroide até então desconhecido passou raspando pela Terra. Segundo a NASA, o 2011 CQ1, com cerca de um metro de diâmetro, passou a apenas 5.480 quilômetros da superfície do planeta.

Este é um recorde histórico, constituindo a maior aproximação já registrada. O asteroide "tirou tinta" da Terra em uma área sobre o sul do Oceano Pacífico. Se tivesse sido detectado antes, a probabilidade de colisão teria sido calculada próxima aos 100%.

O recorde anterior havia sido registrado em 2004 - mas o 2004 FU162 passou a mais 6.400 quilômetros da superfície do planeta. A aproximação inédita gerou também um outro fato inusitado: ao passar pela Terra, o asteroide fez a curva mais fechada que os astrônomos já haviam registrado para um corpo celeste. Como era muito pequeno e passou muito perto, a gravidade da Terra exerceu uma influência forte o suficiente para alterar completamente sua órbita, fazendo-o virar à esquerda em 60 graus, a curva foi tão fechada que foi suficiente para mudar a categoria do asteroide.

"Antes da recente aproximação com a Terra, este objeto estava na chamada órbita de classe Apolo, que fica na maior parte do tempo fora da órbita da Terra," explicaram Don Yeomans e Paul Chodas, do Programa NEO (Near-Earth Object: objetos próximos à Terra). "Depois da aproximação, a atração gravitacional da Terra modificou a órbita do objeto para uma órbita classe Atenas, quando o objeto passa a maior parte do tempo dentro da órbita da Terra," explicaram os astrofísicos.

Porém sabemos que os corpos que mais facilmente conseguem ultrapassar a atmosfera do nosso planeta são os metálicos (a Cratera de Barringer é um exemplo. Foi feita por um corpo metálico com cerca de 45 m). Já corpos gelados ou rochosos que até possam ser de maiores dimensões, se desintegram quando entram na atmosfer, devido ao atrito. No caso deste artigo, o asteróide 2011 CQ1 não chegaria a chocar-se com a Terra, dada sua dimensão e constituição (rochoso). Apesar disso, fica aqui o alerta, e a prova que nossos cientistas estão longe de estarem preparados para esse tipo de acontecimento, visto que, a presença do corpo só foi detectada quando não era mais possivel se fazer nada a respeito.

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