Senado quer fixar cota racial nas eleições

Com mais de 90% de parlamentares brancos, Senado quer fixar cota racial nas eleições

O Senado Federal, composto por 94% de brancos, decidirá o tamanho das cotas para negros nas eleições de um país composto por 49,5% de negros e pardos.

Segundo o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (9), os partidos políticos terão de reservar 10% das vagas para negros dentre seus candidatos aos cargos de deputado -federal, distrital ou estadual- e vereador.

Na proposta original, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), a cota era de 30%. Na Câmara, ela foi reduzida a um décimo do total de candidatos. Agora, a
proposta revista pela Câmara deve ser referendada pelo Senado Federal.

"A redação da Câmara não é a ideal, mas foi a possível. Houve um recuo dos deputados, mas antes 10% do que 0%", disse Paim. "Nós vamos ouvir os segmentos da sociedade para fazer o texto final, mas a tendência é que seja aprovado um texto próximo ao da Câmara."

As novas regras não valerão nas eleições de 2010. O texto precisaria ser aprovado até o dia 3 de outubro para isso ser possível, mas os congressistas trabalham para que o projeto seja aprovado somente em novembro. A expectativa do ministro Edson Santos (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) é de que o presidente Luiz Inácio Lula lance o estatuto em 20 de novembro, dia da consciência negra.


Cotas para mulheres nunca funcionaram

As cotas para negros na política se baseiam numa lei que nunca funcionou.

A "lei das cotas" (lei 9.100, de 1995) obrigava os partidos a reservarem 20% das vagas para as mulheres. A cota foi ampliada para 30% na atual lei eleitoral (lei 9.504, de 1997), mas nenhuma legenda alcançou esta quantidade de mulheres em seus quadros nas últimas eleições.

No pleito de 2006, somente 12,67% dos candidatos ao cargo de deputado federal eram
mulheres. Já em 2008, 21,6% dos candidatos a vereador eram do sexo feminino.

Diante do descumprimento das regras, a bancada feminina se mobilizou para que a redação da lei fosse modificada.

A proposta de reforma eleitoral em discussão no Congresso Nacional muda a redação da atual lei. O novo texto obriga os partidos a "preencherem" a cota para as mulheres. Pela legislação atual, as vagas só deveriam ser "reservadas" pela legenda, o que dava margem para os partidos não cumprirem a lei.

O estatuto da igualdade racial tem redação análoga à antiga lei, obrigand
o os partidos a reservar as vagas aos negros, mas não a preenchê-las.

O relator da proposta na Câmara, Antônio Roberto (PV-MG) nega que as cotas não serão cumpridas, a exemplo do que aconteceu com as mulheres. O deputado explica que a cota foi diminuída justamente para não ser burlada pelos partidos.


Esse país só me envergonha... daqui a pouco vão fazer 2 listas de apuração do resultado da eleição, uma "normal" e uma outra para "cotas".
Agoram me digam...........aonde está a merda do principio da igualdade presente na constituição, onde todos devem ser iguais, com os mesmo direitos e prioridades, sem favorecimento politico e social baseado na cor da pele !!!!

Cada vez mais tenho nojo da politica e desses senadores safados e debeis mentais que não tem a mínima noção de seu papel na sociedade nem noções básicas de direito constitucional e civil...............alguns não sabem nem falar direito.

Depois de tudo isso fica aqui uma verdade:

No Brasil, quem sofre preconceito são homens brancos heteros




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